segunda-feira, dezembro 31, 2007

A pensar em 2008

Nos próximos dias encimará a coluna lateral deste blogue um excerto do poema "Eu podia escolher", de Toon Tellegen, poeta holandês, nascido em 1941. O tema da paz é, nesta época, recorrente... podemos mesmo afirmar que enfastia. Não lhe negamos urgência - seria cegueira imperdoável! -, mas vêmo-lo tão esquecido no quotidiano dos restantes dias do ano, que se torna verborreia. Também esta afirmação não é novidade! Quantos a fizeram e se deixaram levar pela mesma corrente? O que me atrai na frase de Tellegen é o encontro com a paz na ausência de qualquer ideia. E o facto de a paz ter sido uma escolha. Esta ausência de ideia remete-nos para um silêncio ensurdecedor: a redução da palavra paz à escrita dos postais de Natal e dos votos de Ano Novo. Quiçá guardemos, também, a palavra exclusivamente para tema de poema. Não há noticiário que abra com palavras de paz; primeira página que não venha ensanguentada; letras gordas que anunciem outra coisa senão a ameaça. Nos dias de hoje, falar de paz é algo estranho: os políticos, cada vez mais alheados do mundo, falam da paz como ausência da guerra (a mesma que acabaram de promover); os políticos, centrados no umbigo do poder, desconfiam daqueles que falam de injustiça social, acontece que não há paz sem justiça; os políticos, protegidos pelos vidros esfumados, passeiam ao lado desse inquietante mundo da pobreza (quem dá voz aos milhares de pobres portugueses que recentes dados estatísticos, que foram apenas tema de conversa por um dia, evidenciaram?). A paz não se constrói com meras e efémeras campanhas de caridade, diria caridadezinha. A muitos (diria a todos) homens não lhes interessa a esmola; mas a restituição da dignidade. A Paz. Os políticos e os detentores da riqueza não são um problema; mas não têm, muitas vezes, sido os portadores de soluções. Escrevia Voltaire: "(...) que as pequenas diferenças entre as roupas que cobrem o nosso corpo débil, entre todas as nossas línguas insuficientes, entre todos os nossos hábitos ridículos, entre todas as nossas leis imperfeitas (...) que todas essas pequenas diferenças que distinguem os átomos chamados homens não sejam sinais de ódio nem de perseguição...". Ouçamos Tellegen: "A verdade e a beleza/deixei-as ir". A capacidade de duvidar, de aceitar que a palavra verdade é plural (sem cair no estupor do relativismo), de abandonar velhas arquitecturas e entregarmo-nos ao pensamento, conduzirão a Humanidade a outro caminho. Contudo, para que esse justo propósito se concretize, é preciso escolher a paz.

(...)
Paz, era paz.
E nos recônditos da minha alma
dançavam seres
de que nunca tinha sequer ouvido!
E no céu pendia um outro sol.
(Toon Tellegen)


Por estes dias, chegou a nossas mãos o mais recente livro de José Ernesto Costa. Fala-nos de uma árvore - Ginkgo biloba -, a árvore da amizade. O autor limiano contabilizou 56 exemplares desta árvore em Ponte de Lima. Promover a paz também se faz pela partilha do símbolo. Plantem-se mais árvores e divulgue-se o seu simbolismo... é uma migalha necessária à educação para a paz.

segunda-feira, dezembro 24, 2007

Presépio, poema de Pedro Homem de Mello

Duas tábuas...
E era um berço!

Tudo escuro...
E alumiava!

Estaria Deus lá dentro?
Fomos a ver...

E lá estava!

Pedro Homem de Mello - Pedro, Cabanas: edição de autor, 1975.

domingo, dezembro 23, 2007

Natal, e não Dezembro_poema de David Mourão-Ferreira

Entremos, apressados, friorentos,
numa gruta, no bojo de um navio,
num presépio, num prédio, num presídio
no prédio que amanhã for demolido...
entremos, inseguros, mas entremos.
Entremos e depressa, em qualquer sítio,
porque esta noite chama-se Dezembro,
porque sofremos, porque temos frio.
Entremos, dois a dois: somos duzentos,
duzentos mil, doze milhões de nada.
Procuremos o rastro de uma casa,
a cave, a gruta, o sulco de uma nave...
entremos, despojados, mas entremos.
De mãos dadas talvez o fogo nasça,
talvez seja Natal e não Dezembro,
talvez universal a consoda.

David Mourão-Ferreira - Cancioneiro de Natal. Lisboa: Edições Rolim, 1986.


[ilustração: jcml]

sexta-feira, dezembro 21, 2007

Um rosto de Natal, poema de Ruy Belo


Caiu sobre o país uma cortina de silêncio
a voz distingue o homem mas há homens que
não querem que os demais se elevem sobre os animais
e o que aos outros falta têm eles a mais
no dia de natal eu caminhava
e vi que em certo rosto havia a paz que não havia
era na multidão o rosto da justiça
um rosto que chegava até junto de mim de nicarágua
um rosto que me vinha de qualquer das indochinas
num mundo onde o homem é um lobo para o homem
e o brilho dos olhos o embacia a água
Caminhava no dia de natal
e entre muitos ombros eu pensava em quanto homem morreu por um deus que nasceu
A minha oração fora a leitura do jornal
e por ele soubera que o deus que cria
consentia em seu dia o terramoto de manágua
e que sobre os escombros inda havia
as ornamentações da quadra de natal
Olhava aquele rosto e nesse rosto via
a gente do dinheiro que fugia em aviões fretados
e os pés gretados de homens humilhados
de pé sobre os seus pés se ainda tinham pés
ao longo de desertos descampados
Morrera nesse rosto toda uma cidade
talvez pra que às mulheres de ministros e banqueiros
se permita exercitar melhor a caridade
A aparente paz que nesse rosto havia
como que prometia a paz da indochina a paz na alma
Eu caminhava e como que dizia
àquele homem de guerra oculta pela calma:
se cais pela justiça alguém pela justiça
há-se erguer-se no sítio exacto onde caíste
e há-de levar mais longe o incontido lume
visível nesse teu olhar molhado e triste
Não temas nem sequer o não poder falar
porque fala por ti o teu olhar
Olhei mais uma vez aquele rosto era natal
é certo que o silêncio entristecia
mas não fazia mal pensei pois me bastara olhar
tal rosto para ver que alguém nascia


Ruy Belo - Todos os Poemas II. Lisboa: Assírio Alvim, 2004, pág. 1776 e 177 .

segunda-feira, dezembro 17, 2007

Arquitectura medieval em Ponte de Lima_o portal principal da Capela do Espírito Santo



Descreve Lourenço Alves: "a fachada apresenta um pórtico muito simples formado por duas séries de colunas coroadas de capitéis singelamente decorados com motivos diversos. O primeiro da direita exibe duas cabeças humanas, frustemente talhadas, envolvidas por uma serpente; os seguintes apresentam folhas de louro estilizadas e entrelaços" (Arquitectura Religiosa do Alto Minho. Igrejas e Capelas Românicas da Ribeira Lima. Viana do Castelo, 1987, pág. 164). Para Jorge Rodrigues o capitel da direita do portal principal da Capela do Espírito Santo (Moreira do Lima, Ponte de Lima) representa o Pecado Original (Paulo Pereira (dir.) - História da Arte Portuguesa. s/l: Círculo de Leitores, 2007, vol. 2, 54).

[fotos: jcml; Alçado: levantamento de 1979, adaptado.]

sexta-feira, dezembro 14, 2007

Religião popular em Ponte de Lima

"A religião dos portugueses não é só uma compensação imaginária de uma frustração, como alguns pretendem. Temos também uma imaginária compensação da falta de religião" (Bento Domingues).

quinta-feira, novembro 29, 2007

Anúncios de Ponte de Lima (X)

Há muito tempo que não publicavamos um anúncio!
[in "O Anunciador das Feiras Novas", 1948]

sábado, novembro 10, 2007

Escola de Ponte de Lima em Serralves


A propósito da exposição de Robert Rauschenberg, intitulada Travelling 70-76, visitamos recentemente o Museu de Serralves. Não nos cansamos de frequentar aquele espaço cultural; costumamos complementar a visita ao espaço expositivo e à livraria com um passeio nos jardins. Desta vez, o circuito no roseiral conduziu-nos aos "Jardins Portáteis", um projecto para escolas desenvolvido pelos serviços da Fundação. Entre os trabalhos expostos identificamos a participação da Escola Secundária/3 de Ponte de Lima. Aqui ficam algumas imagens dos "Jardins Portáteis" dos estudantes limianos.














sexta-feira, novembro 09, 2007

sexta-feira, novembro 02, 2007

Arquitectura medieval em Ponte de Lima_a cachorrada da Capela do Espírito Santo (I)

Lê-se na História da Arte Portuguesa, dirigida por Paulo Pereira, no capítulo dedicado à arquitectura românica redigido por Jorge Rodrigues, a propósito da cachorrada da Capela do Espírito Santo, Moreira do Lima: "(...) a excelente decoração escultórica do templo distribui-se por uma das mais interessantes galerias de tipos "humanos" do românico português, maioritários entre os mais de trinta modilhões da cachorrada. Os mais simples apresentam cabeças e bustos - parecendo que alguns dos retratados se encontram dentro de barris, - geralmente barbados e olhando em frente. E se uns rezam, de mãos postas, outros limitam-se a cofiar a barba ou a lançar um olhar desconfiado de soslaio" (edição do Círculo de Leitores, vol. 2, pág. 54). O Padre Aguiar Barreiros, citado por Lourenço Alves, havia interpretado simbolicamente algumas destes modilhões: "alternam-se (...) os monstros e mascarões de traços enérgicos, numa atitude de carnaval". Para aquele autor "são bem patentes as alusões morais e satíricas, como aquela figura de olhos esbugalhados que deita fora a língua desmedida", que associa à ideia de maledicência (Cf. Alves, Lourenço - Arquitectura Religiosa do Alto Minho. Viana do Castelo, 1987, pág. 165).

Hoje, no sentido de partilhar esta riqueza iconográfica, deixamos elementos para uma visita virtual ao corpo central do templo, do lado direito. Na figura apresentamos o número que se encontra no topo da imagem do modilhão correspondente.













[Fonte: alçado lateral direito, adaptado a partir do levantamento efectuado em 1979, escala 1/100; fonte http://www.monumentos.pt/; fotografias: jcml]

Carlos Alberto Ferreira de Almeida, na História da Arte em Portugal. O Românico, considera que a Capela do Espírito Santo não deve ser integrada no conjunto de ermidas românicas, por ter sido feita "no período gótico adiantado" (Lisboa: Editorial Presença, 2001, pág. 99). Considera, ainda, que o mesmo erro de classificação acontece com a ermida de Santa Eulália, de Refoios.

terça-feira, outubro 23, 2007

Arquitectura em Ponte de Lima (IX)

Eduardo Souto de Moura e as "2 casas em Ponte de Lima" voltam a merecer espaço neste blogue. Desta feita para deixar aos cibernautas interessados algumas ligações sobre o autor com menção ao trabalho realizado na Quinta de Anquião:
1. Artigo de Giovanni Leoni/Antonio Esposito, In cerca di una regola. Progetti recenti di Eduardo Souto de Moura, publicado em “CASABELLA” 700, 2002, pp. 38-40 [http://icar.poliba.it/storiacontemporanea/letture/leoni/leoni20.htm];
2. Proposta da Architecturalroutes/programa 3. Itinerários de Arquitectura no Porto e Norte de Portugal [http://architecturalroutes.com/PT/program3.html];
3. Texto de Raffaella Maddaluno na Archinfo.it [http://www.archinfo.it/home.php?_idnodo=178332];
4. Índice da revista AV Monografías 108 - "La Casa Global" (2005), que inclui referência às casas de Ponte de Lima [http://www.arquitextos.com/arquitextos-3-3-11-0.html].

segunda-feira, outubro 15, 2007

Norton de Matos e Nova Lisboa

Desconheço o valor heráldico desta ilustração. De alguma forma, é reveladora de um modo de pensar a cidade fundada por Norton de Matos e, concomitantemente, o seu projecto para Angola. Entendemos que este projecto do carismático republicano limiano assentava numa vontade descentralizadora e reformadora, com laivos de autonomização da vida angolana relativamente à metrópole, mais do que numa intenção independentista. Aqui fica mais uma achega à acção de Norton de Matos.


Carlos Gomes tem razão no comentário de produz ao anterior post relativo a Norton de Matos. Precisou a data de fundação e a evolução da denominação da cidade de Huambo/Nova Lisboa.

quarta-feira, outubro 10, 2007

Artecolheitas_Gemieira

Um calendário de pequenos eventos associados às colheitas parece afirmar-se no Concelho de Ponte de Lima. A primeira edição da "Artecolheitas", na freguesia da Gemieira, revelou potencialidade para se tornar num evento marcante na agenda cultural do concelho.

terça-feira, outubro 02, 2007

Norton de Matos_um selo comemorativo da fundação de Nova Lisboa

[Selo comemorativo do cinquentenário da fundação da cidade de Nova Lisboa (1912-1962). A cidade de Huambo/Nova Lisboa foi inaugurada com a presença de Norton de Matos em Setembro de 1912.]

terça-feira, setembro 25, 2007

Samiguel de Cabaços_2007

Os cestos decorados com sementes e cereais, tornados marca da festa, atraem curiosos a esta evocação das colheitas. Com indumentária recordando os alvores do século passado, os populares exibem os seus produtos locais. Não há música gravada. Não há arcos de festa nem ornamentações "pré-fabricadas". As ruas e o adro estão decorados com produtos agrícolas, de forma singela e discreta, mas com um extremo cuidado. Não há bombos nem ranchos folclóricos. Não ouvi foguetes nem bandas de música. Porém sente-se que a comunidade participa de bom grado e o ambiente não deixa de ser festivo. Umas concertinas, um leilão de produtos agrícolas locais, bonecos de pano encenando os "três pastorinhos", uma recriação de ambientes da vida rural, foram suficientes para transfigurar o espaço cívico da freguesia. Em tudo se nota dignidade e organização.

sexta-feira, setembro 21, 2007

quinta-feira, setembro 20, 2007

Olhar a vila em tempo de Feiras Novas (IV)

[Feiras Novas, na evocação histórica e desfile de fanfarras a propósito do 120.º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ponte de Lima]

quarta-feira, setembro 19, 2007

terça-feira, setembro 18, 2007

Olhar a vila em tempo de Feiras Novas (II)

[A Tasca do Cachadinha, na Alameda de S. João: quantos anos tem esta placa?]

segunda-feira, setembro 17, 2007

Olhar a vila em tempo de Feiras Novas (I)

[O Anunciador das Feiras Novas numa montra da loja de pronto a vestir da Rua da Picota]

sexta-feira, setembro 14, 2007

As Feiras Novas e "O Anunciador"_1947

Na edição de 16 de Setembro de 1947, o jornal vianense "A Aurora do Lima" (ano 92º, nº 92) referia-se às Feiras Novas, afirmando que "Ponte de Lima, (...) goza e diverte-se". Para o jornalista "o forasteiro vê panoramas deslumbrantes e monumentos grandiosos" e "subindo à Madalena, fica extasiado com o que ante os seus olhos se descortina". Acrescenta que "além disto que muito superficialmente apontamos, encontra no local da Feira barracas com bons acepipes e com óptimas recordações". E encerra notando que "com certeza que também por lá cairá a praga dos alto-falantes, anunciando "panelas" ou "paneladas". Na mesma edição, há uma referência ao primeiro número de "O Anunciador das Feiras Novas" (Setembro, 1947, ano I, nº 1) nestes termos: "publicação anual, insere magnifica colaboração e bons annuncios, que são o essencial para o bom resultado deste genero de propaganda". Passam 60 anos sobre a primeira edição da revista (hoje em segunda série e com 24 edições anuais ininterruptas) que dá nome a este blogue. Era seu editor Augusto Castro e Sousa.

quarta-feira, setembro 12, 2007

Feiras Novas de 1863, "muito concorridas de povo".

Lê-se no jornal "O Viannense" de Outubro de 1863: "As feiras d'anno, que vulgarmente, chamam das "Dores", foram muito concorridas de povo, mas muito fracas para os barraquistas. O que torna a feira mais interessante costuma ser a concorrencia de gado vaccum e cavallar, mas este anno não se fizeram transacções de grande monta. O negocio limitou-se para as estalagens e as familias a cavalheiros que em grande numero aqui se reuniram".

[O concurso pecuário, à semelhança do ano transacto, realiza-se na Expolima, no sábado, a partir das 8.30 h. A Corrida de Garranos tem lugar no mesmo dia e local, pelas 15 horas. A imagem que segue, referente ao concurso pecuário, é de jcml e foi captada em 2006]











terça-feira, setembro 11, 2007

Tourada nas Feiras Novas de 1899

A notícia é de 14 de Setembro de 1899 e dá a conhecer a preparação da "corrida de 12 touros", cujos bilhetes se encontravam à venda no estabelecimento do sr. Narciso Alves dos Santos, sito no Largo de Camões. O jornal A Semana noticiava a chegada, nesse mesmo dia, do "curro para as touradas (...) sendo 12 animaes de bonita estampa". Segundo o artigo, "foram ao encontro, estrada de Tamel, alguns trens repletos de afficionados e varios individuos a cavallo, entrando n'esta villa pouco depois das 7 horas da tarde, o que foi uma grande imprudencia (...). Os touros ao entrar na rua estrada perto do Paço do Marquez, voltaram, felizmente irmanados, em direcção ao jardim da Rainha d'onde sem tresmalharem, foram conduzidos para as veigas de Bertiandos, tendo atravessado pacificamente as ruas José Abreu Coutinho, largo das Pereiras, calçada dos Artistas, largo S. João e rua do Rosário, por entre immenso povo, entre curiosos e individuos surprehendidos, e n'uma enorme vozeria do rapazio".

Este ano, o programa das Feiras Novas inclui um desfile taurófilo, no dia 16 de Setembro, pelas 15 horas, antecedendo a Tourada, que terá o seguinte alinhamento:

1. Banda de Música de Tarouquela
2. Grupo de Danças e Gaitas Queixumes dos Pinos de Orense
3. Bombos e Zés Pereiras
4. Deuses Egípcios, Saltimbancos, Malabaristas: A mitologia associada à Vaca das Cordas
5. Chafariz: Carro alegórico com a representação do Chafariz do Largo de Camões. Local onde os que visitam o evento costumam ser apanhados desprevenidos com as investidas da Vaca
6. Vaca das Cordas: Representação do Grupo de Teatro Unhas do Diabo
7. Tapetes: Carro alegórico com representação dos tapetes elaborados na véspera do Corpo de Deus
8. Banda de Gaitas de Frouma
9. José Faria: carro alegórico com a Imagem da Praça de Touros Las Ventas, de Madrid, uma das mais antigas do mundo, onde José Faria brilhou como novilheiro
10. A população a caminho da tourada
11. Banda Nova de Fermentelos
12. Tourada de 1921: carro alegórico com a representação da Praça de Touros montada em Ponte de Lima, em 1921
13. Cavaleiros, Bandarilheiros e Forcados do espectáculo de tourada de 2007
14. Cartaz 2007: carro alegórico com o cartaz da tourada deste ano
15. Bombos.

domingo, setembro 09, 2007

Faltam alguns dias para as Feiras Novas...

[Foto: jcml, captada hoje]

Faltam alguns dias para as Feiras Novas...

[Foto: jcml, captada hoje]

Programa das Feiras Novas_2007

14 DE SETEMBRO (SEXTA-FEIRA)

[19.00 h] Bandinha da Alegria - Animação de Rua
[21.00 h] Grupo de Fados "Tuna da Universidade de Coimbra"- Jardim do Paço do Marquês
[22.00 h]"Euro Canção" - Praça de Camões
[23.00 h] Tunas - Praça de Camões
[00.30 h] Fogo

15 DE SETEMBRO (SÁBADO)

[01.00 h] Actuação das Bandas de Moreira do Lima e de Banda Musical de Souto - Praça de Camões.
[08.30 h] Concurso Pecuário - Expolima
[08.30 h] Zés Pereiras e Gaiteiros
[09.00 h] Bandas de Música - Praça de Camões: Grupo de Cultura Musical de Ponte de Lima e Banda Musical de Melres
[12.00 h] Concentração dos Zés Pereiras - Praça de Camões
[15.00 h] Corrida de Garranos - Expolima
[15.15 h] Desfile Fanfarras - 120° aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ponte de Lima
[16.00 h] Cortejo Etnográfico
[22.30 h] Rusgas, Concertinas e Folclore
[01.00 h] Fogo

16 DE SETEMBRO (DOMINGO)

[08.30 h] Zés Pereiras e Gaiteiros
[09.00 h] Banda de Gaitas de Frouma, Grupo de Danças e Gaitas Queixumes dos Pinos de Orense
[09.00 h] Banda Nova de Fermentelos e Tarouquela
[12.00 h] Concentração de Zés Pereiras - Praça de Camões
[15.00 h] Desfile Taurófilo
[16.30 h] Tourada - Expolima
[20.30 h] Grandioso desfile de Folclore. Fanfarra dos Escuteiros de Vitorino de Piães. Grupos Folclóricos. Banda de Gaitas de S. Tiago de Cardielos
[21.00 h] Festival Folclore no Campo do Amado e Paço do Marquês. Ponte de Lima, Berço de Folclore.
[00.30 h] Espectacular Sessão de Fogo de Artificio

17 DE SETEMBRO (SEGUNDA-FEIRA)

[09.00 h] Bandas de Música: Banda de Música de S. Martinho da Gandra e
Banda da Casa do Povo de Moreira do Lima
[10.30 h] Missa Solene - Igreja Matriz
[16.30 h] Imponente Procissão em Honra de Na Sr.a das Dores
[21.00 h] Grupo Música Popular "Santa Cruz"- Praça de Camões
[22.30 h] Grupo Musical Roconorte - Praça de Camões

quinta-feira, setembro 06, 2007

A notícia tem mais de cem anos; faz amanhã, precisamente, 108 anos. Transcrevendo o jornal A Semana de 7 de Setembro de 1899 (nº 378, VIII ano): Estão-se já construindo no passeio de D. Fernando as barracas para as feiras annuaes, realisadas nos proximos dias 19, 20 e 21. (...) Tambem no largo fronteiro ao Senhor do Pecegueiro, onde já funcciona ha dias uma roda de cavallinho de páu, se trabalha activamente na construção de dous barracões destinados a Fantoches e outros divertimentos, que os snrs. Fortunato Marianno e Cosme Siciliani vão exhibir ao publico pela mesma occasião.

quarta-feira, setembro 05, 2007


O jornal vianense "A Aurora do Lima" descrevia, nas vésperas das Feiras Novas, o ambiente que se vivia na vila de Ponte de Lima notando que "os limarenses preparam-se para levar a effeito, com extraordinário esplendor, a solemnidade das Dores (...) mais vulgarmente conhecida pelas feiras novas". Segundo o mesmo jornal "nos dias 19 e 20 haverão touradas, sendo cavalleiro o snr. Ayres de Mendonça. O gado é de um acreditado lavrador. No dia 21 grande festival na praça de touros que será primorosamente illuminada. O mais attrahente dos festejos serão, sem duvida, as illuminações. Para estas festas estão contractadas as bandas de infanteria 6 e 8" (A Aurora do Lima, 29 de Agosto de 1898, nº 6433, 43º ano). No dia 21 de Setembro, na edição do jornal que nos tem servido de fonte afirmava-se que "tem corrido brilhantes as festas em Ponte de Lima. As ruas estão vistosamente engalanadas. Hontem a concorrencia era enorme, tornando-se impossivel o transito mesmo nos logares mais espaçosos" (A Aurora do Lima, 21 de Setembro de 1898, nº 6443, 43º ano).

quarta-feira, agosto 29, 2007

Festival de Jardins_2007

Veja o Festival Internacional de Jardins (edição 2007) no portal de arquitectura e urbanismo brasileiro Vitruvius.

sábado, agosto 25, 2007

sexta-feira, agosto 24, 2007

Siglas em Ponte de Lima (II)

[Localização: muro da Avenida dos Plátanos]

quarta-feira, agosto 22, 2007

Siglas em Ponte de Lima (I)

[Localização da sigla cruciforme: muro da Avenida dos Plátanos]

terça-feira, agosto 21, 2007

Anunciador das Feiras Novas_2007

[Capa d' O Anunciador das Feiras Novas, brevemente em distribuição]

Caricaturistas de Ponte de Lima

O investigador e historiador de banda desenhada Leonardo de Sá teve a amabilidade de comentar o nosso post sobre Sanhudo, Mâncio e Laerte, remetendo-nos para o "Dicionário dos Autores de Banda Desenhada e Cartoon em Portugal", que escreveu com António Dias de Deus (Edições Época de Ouro, Câmara Municipal da Amadora, 1999) e lembrando-nos um outro nome importante nesta arte, nascido em Ponte de Lima, Alfredo Cândido (1879-1960). Sobre este último veja-se o trabalho de Luís Dantas. A imagem que acompanha este apontamento é uma caricatura de Alfredo Cândido, publicada no O Vira (n.º 4, 22 de Março de 1906), e fomos encontrá-la no "Blog da Rua Nove".

faces da revista