sexta-feira, fevereiro 29, 2008

A saudade de um Rio







Que coração tão duro, seco e frio
Se poderá livrar do sentimento,
Vendo com vagaroso movimento
Fugir as claras águas deste rio?





[excerto de "A Saudade de um Rio", poema de Frei Agostinho da Cruz (1540-1619), publicado no Cancioneiro do Rio Lima, colectânea organizada por António Manuel Couto Viana, edição da Câmara Municipal de Viana do Castelo, 2001, pág. 116]

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Companhia Chaby Pinheiro no Teatro Diogo Bernardes_1926

Maio de 1926. O jornal Rio Lima (edição de 30 de Maio) anuncia a representação das comédias "O Amigo de Peniche " e "O Leão da Estrela", da autoria de Ernesto Rodrigues, Félix Bermudes e João Bastos, pela companhia dirigida por Chaby Pinheiro. A referida companhia tinha estado em Ponte de Lima alguns meses antes, em Dezembro de 1925, apresentando as peças "O Conde Barão" e "Cama, mesa e roupa lavada" (cf. Rio Lima, 29 de Novembro de 1925).

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Anúncios de Ponte de Lima (XI)

Publicado no número dois, da primeira série, d' "O Anunciador das Feiras Novas" (1948). Na montagem, para além da reprodução do reclamo, incluimos uma imagem de um dedal de correeiro. Anunciada para Junho, a Feira do Cavalo poderia constituir um momento para recuperar a memória deste comércio, através de uma exposição iconográfica e fotográfica.

Devem os nossos visitantes ler o comentário produzido por André Rocha ao post de Novembro de 2006, intitulado Arquitectura em Ponte de Lima (IV). Aproveitamos para felicitar o seu autor pelo trabalho desenvolvido no seu blogue (que, há algum tempo, consta da lista de "vizinhos"), particularmente pela apresentação de pequenas anotações para melhorar a paisagem da vila, que consideramos pertinentes. Para terminar, apenas notar que também consideramos que a modernidade não é incompatível com a vetusta vila e que concordamos com a afirmação que faz: "Ponte de Lima tem arquitectura de qualidade capaz de entrar na rota do turismo do património moderno de arquitectura".

sábado, fevereiro 02, 2008

Um ano sem Carnaval nas ruas...

Corria o segundo Ministério de Domingos Pereira que, à semelhança de outros governos da Primeira República, durou apenas alguns meses (de 21 de Janeiro a 8 de Março de 1920). Tempos conturbados, aqueles meses terão motivado a frase, atribuída ao deputado António Maria da Silva, “O País tem estado a saque!”. Em Fevereiro, a imprensa local de Ponte de Lima, fazia eco da decisão ministerial de proibir “as exibições e folguedos carnavalescos nas ruas”. Segundo o jornal Cardeal Saraiva, a notificação, que teria chegado por telégrafo aos Governadores Civis, dava instruções “para que só sejam permitidos [festejos] nos teatros, associações de recreio e casas particulares”, “nas ruas só será permitido o transito a indivíduos sem mascaras e sem caracterização”. Tudo terá corrido sem animação, mesmo no Teatro Diogo Bernardes e na Assembleia Limarense.

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