Em Janeiro de 1922, os habitantes da vila, admiradores do cinema, assistiram ao drama Falsa Herdeira e à comédia Excursão Agitada, precedidas das Actualidades. Os primeiros domingos de Fevereiro trouxeram Amor Proibido, Em busca de aventuras, Repeniques de Amor, Pequena Endiabrada, Mensageira de Ventura e Ele no Camarim. O Carnaval desse ano incluiu uma sessão de cinema que antecedeu o baile, animado pela orquestra da vila regida por António Ferraz. Em Março, as sessões cinematográficas previstas para os dias 20 e 21 foram canceladas para que a sala desse lugar ao teatro, à Companhia Rey Colaço Robles Monteiro, que levou à cena Marianela e Entre Giestas. O jornal Cardeal Saraiva, de 23 de Março de 1922, dirá a propósito deste espectáculo que os actores deixaram "uma impressão muito agradavel da sua maneira de fazer arte", destacando o trabalho de Henrique Albuquerque e António Pinheiro. Das duas peças "agradou mais Entre Giestas".


No fim de Março, a imprensa limiana anuncia a passagem, nos dias 9 e 10 de Abril, do filme Amor de Perdição. Tudo leva a crer que se tratava da primeira adaptação para cinema do romance de Camilo Castelo Branco (1825-1890), publicado em 1862, realizada por Georges Pallu, em 1921.
[Fontes: jornal Cardeal Saraiva, números referentes aos meses de Janeiro a Março de 1922; Joaquim Veríssimo SERRÃO - História de Portugal. s/l: Editorial Verbo, 1990, vol. XII; António REIS - Portugal Contemporâneo. s/l: Publicações Alfa, vol. 2; www.museudoteatro-ipmuseus.pt e www.amordeperdicao.pt]
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