sexta-feira, setembro 15, 2006

Arquitectura em Ponte de Lima (II)



A revista Arquitectura Ibérica dedica o seu 13º número ao Comércio/Lazer, reservando algumas das suas páginas para o trabalho criado, em Ponte de Lima, pelo arquitecto José Manuel Castro Carvalho Araújo (n. 1961) - o mercado/feira do gado (projecto de 2001/2005). Este será um dos palcos das Feiras Novas, uma vez que para aquele local foram remetidos o concurso pecuário (Sábado, 8.30 horas), a corrida de garranos (Sábado, 15 horas) e, revelando a polivalência do espaço, parte da animação nocturna. O mercado/feira do gado é um projecto que se evidencia pela simplicidade, pela sobriedade e pelo encaixe paisagístico, com interessantes prolongamentos da realidade envolvente. A recente atribuição da denominação de Expolima patenteia uma vontade de tornar o espaço aberto a outras iniciativas para além da comercial. A configuração do complexo arquitectónico e o seu contexto potenciam a polivalência de usos.

[foto: reprodução da capa da revista Arquitectura Ibérica, nº13, Comércio/Lazer, editada em 03/2006, pela Caleidoscópio]

1 comentário:

Anónimo disse...

Não pretendendo de forma alguma emitir opinião sobre tudo, principalmente sobre áreas em que assumidamente não domino, parece-me que a questão da arquitectura - e do urbanismo também ! - deveriam constituir um tema de séria reflexão e debate no seio da sociedade limiana, com elevação e sem preconceitos.
Depois de vereações que revelaram uma certa preocupação na preservação de determinadas características arquitectónicas, nomeadamente quanto ao emprego de certos materiais, eis que parece termos entrado numa fase em que se pretende acompanhar as novas tendências estéticas com a implementação de novos e arrojados projectos, não se percebendo ainda muito bem quais as zonas de implantação ou a ideia de conjunto, se os mesmos devem integrar-se num espaço histórico cuja identidade sempre se procurou preservar ou construir novas áreas.
Creio que alguns projectos arquitectónicos concretizados nos últimos tempos na vila limiana podem ser susceptíveis de alguma controvérsia, não tanto pela qualidade dos projectos em si mas sobretudo pelas áreas de implantação. A questão a saber é a seguinte: o que pretendemos para Ponte de Lima em termos arquitectónicos, qual a ideia do conjunto urbanístico e a possível articulação entre a memória de um passado e a capacidade de renovação e entender o futuro sem se anularem mutuamente.
Ponte de Lima e os limianos devem reflectir seriamente sobre estes aspectos se quiserem progredir sem renegar o seu passado !
Carlos Gomes

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