terça-feira, outubro 10, 2006

Festival de Jardins_2006






















A flor tem a linguagem de que a sua semente não fala.
A raiz não parece dar aquele fruto.
Não parece que a flor e a semente sejam da mesma linguagem.
Retirada a linguagem
a semente é igual a flor
a flor igual a fruto
fruto igual a semente
destino igual a devir.
E era o que se pedia: igual.

José de Almada Negreiros (1893-1970), Poemas.


Tem, apenas até ao dia 30 de Outubro, a possibilidade de se confrontar com os jardins do Festival deste ano. Estaremos perante projectos de arte com jardins ou projectos de jardins com arte ou, ainda, com espaços hibrídos característicos dos tempos que correm, onde as clássicas fronteiras entre arte e jardim se diluem?

[foto: jcml, aspecto do jardim "A Música da Horta", Festival de Jardins, 2006]

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