domingo, julho 29, 2007

Ainda Norton de Matos...



1. Está disponível on-line (em http://www.vitoriagol.org/index.php?oid=22) a edição antológica que reúne a reprodução do artigo de Fernando Pessoa, publicado no «Diário de Lisboa» de 4 de Fevereiro de 1935 (n.º 4388) e a exposição de Norton de Matos dirigida ao Presidente da Assembleia Nacional em 31 de Janeiro de 1935. Sobre a decisão de proibir os cidadãos portugueses de fazerem parte de associações secretas e as medidas adoptadas pela Maçonaria, em 1935, veja-se http://www.gremiolusitano.eu/?page_id=43.

2. Aceite a sugestão de Carlos Gomes, em comentário a post anterior; visite http://arepublicano.blogspot.com/, que tem vindo a publicar notas sobre a vida de Norton de Matos.

2 comentários:

Anónimo disse...

Seguindo a sugestão deste post no sentido de aceder ao site do Grémio Lusitano no endereço: http://www.gremiolusitano.eu/?page_id=43.
, encontrei a seguinte passagem:
"O Grémio Lusitano, não podendo acatar o texto da lei, foi dissolvido. A sua sede, confiscada pelo poder público, foi cedida à Legião Portuguesa, que nela instalou um dos seus quartéis. Por todo o País outro tanto ocorreu com as sedes das lojas e triângulos, sempre que eram próprias. Uma pequena parte dos haveres confiscados - como pendões, insígnias, livros, fotografias, etc. - iria, mais tarde, decorar duas vitrinas da famosa “escola” da não menos famosa P.I.D.E., a Sete Rios (Lisboa). A biblioteca e parte do arquivo entraram nos haveres do Ministério das Finanças, onde viriam a ser encontrados depois do 25 de Abril. Em hasta pública é que se terá vendido pouca coisa."
A título de curiosidade, o edifício em Sete Rios onde funcionava a Escola da Pide foi propriedade do sr. Conde de Calheiros. Chegou também a constituir uma das hipóteses de instalação da Sede social da Casa do Concelho de Ponte de Lima, o que nunca veio a concretizar-se. Recentemente, encontrava-se ocupado por famílias carenciadas. Ficava situada junto ao Jardim Zoológico, do lado que seguia em direcção à Estrada de Benfica. Não sei se já foi demolido.

Anónimo disse...

Fernando Pessoa e a Maçonaria. A defesa feita pelo poeta Fernando Pessoa em relação à Maçonaria nbo contexto da decisão tomada com vista à dissoluão de sociedades secretas tem originado o equívoco segundo o qual o poeta terá pertencido à Maçonaria. Esta ideia é reforçada pelos seus escritos de natureza mística e esotérica, incluindo o poema "A Rosa e a Cruz", conjecturando-se uma relação com a Sociedade Rosacruz.
Contudo, todas as informações disponíveis não permitem afirmar ter o poeta Fernando Pessoa sido membro de qualquer loja maçónica, havendo mesmo a garantia fidedigna de que, de facto, ele nunca foi maçon.
Naturalmente, Fernando Pessoa terá sido adepto da construção de uma sociedade que, tal como outrora sucedeu com os Templários e a Ordem de Cristo, poderia projectar Portugal e levá-lo a cumprir superiores desígnios. Da mesma forma, a construção de uma religião nacional onde se reunisse os fundamentos do cristianismo primitivo e as origens religiosas dos portugueses.
O debate acerca destes assuntos seria naturalmente demasiado extenso e deslocado para este blogue. Tanto mais que o poeta Fernando Pessoa tem constituído pano para todo o corte: já o apelidaram de "fascista", de "anarquista" e agora até é maçon e revolucionário... e a imaginação certamente não ficará por aqui!...

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