O Carnaval de 1922 decorreu, em Ponte de Lima, “sem entusiasmo algum”. Segundo o jornal Cardeal Saraiva “apenas o baile de terça feira sobressaiu pela concorrência que teve” (Cardeal Saraiva, 2 de Março de 1922). O discurso da decrepitude do Carnaval não era novo, mas os anos vinte parecem particularmente insatisfeitos com a forma como decorrem aqueles festejos. Em 1923, o jornal Rio Lima registava que “o Carnaval, ano a ano vai perdendo a sua alegria e esses tradicionais dias de alegria e folguedo, quasi se tornam um parêntesis de tristeza e ociosidade na rotina do trabalho” (Rio Lima, 18 de Fevereiro de 1923). Como fazem notar os jornalistas, o centro da diversão é o Teatro Diogo de Bernardes: “entre nós, pelas ruas, quasi não se deu pela sua passagem, apenas os bailes do teatro tiveram a habitual animação” (Rio Lima, 18 de Fevereiro de 1923). Em 1925, como referimos no nosso post de 17.01.07, João Seara, vende serpentinas, “lança perfumes” e “confeti” no interior do Teatro (Rio Lima, 22 de Fevereiro de 1925). Já em 1908, os cronistas locais faziam referência à regularidade do concurso aos bailes que ali se realizavam, numa sã rivalidade com os levados a efeito “num salão dos baixos da casa do Sr. Joaquim Valle, no Arrabalde, para tal fim alugado a uma comissão” (Eco do Lima, 23 de Fevereiro de 1908). “As commodidades que o Theatro proporciona” seriam, para o articulista limiano, “garantia de uma grande concorrência do nosso povo folgosão que alli procurará recreio durante algumas horas” (Eco do Lima, 1 de Março de 1908). No sentido de incentivar a presença de mascarados, a comissão organizadora anunciava um prémio “ao melhor mascara que se apresente”: uma aliança de ouro (Eco do Lima, 1 de Março de 1908).
sexta-feira, fevereiro 16, 2007
O Teatro Diogo Bernardes e o Carnaval_1908 e 1922-25
O Carnaval de 1922 decorreu, em Ponte de Lima, “sem entusiasmo algum”. Segundo o jornal Cardeal Saraiva “apenas o baile de terça feira sobressaiu pela concorrência que teve” (Cardeal Saraiva, 2 de Março de 1922). O discurso da decrepitude do Carnaval não era novo, mas os anos vinte parecem particularmente insatisfeitos com a forma como decorrem aqueles festejos. Em 1923, o jornal Rio Lima registava que “o Carnaval, ano a ano vai perdendo a sua alegria e esses tradicionais dias de alegria e folguedo, quasi se tornam um parêntesis de tristeza e ociosidade na rotina do trabalho” (Rio Lima, 18 de Fevereiro de 1923). Como fazem notar os jornalistas, o centro da diversão é o Teatro Diogo de Bernardes: “entre nós, pelas ruas, quasi não se deu pela sua passagem, apenas os bailes do teatro tiveram a habitual animação” (Rio Lima, 18 de Fevereiro de 1923). Em 1925, como referimos no nosso post de 17.01.07, João Seara, vende serpentinas, “lança perfumes” e “confeti” no interior do Teatro (Rio Lima, 22 de Fevereiro de 1925). Já em 1908, os cronistas locais faziam referência à regularidade do concurso aos bailes que ali se realizavam, numa sã rivalidade com os levados a efeito “num salão dos baixos da casa do Sr. Joaquim Valle, no Arrabalde, para tal fim alugado a uma comissão” (Eco do Lima, 23 de Fevereiro de 1908). “As commodidades que o Theatro proporciona” seriam, para o articulista limiano, “garantia de uma grande concorrência do nosso povo folgosão que alli procurará recreio durante algumas horas” (Eco do Lima, 1 de Março de 1908). No sentido de incentivar a presença de mascarados, a comissão organizadora anunciava um prémio “ao melhor mascara que se apresente”: uma aliança de ouro (Eco do Lima, 1 de Março de 1908).
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