Fevereiro de 1913: a imprensa local dava nota da mudança do estabelecimento de Boaventura José Alves da Praça de Camões para a Rua do Rosário, junto da Papelaria Cruz & Guimarães. Um mês mais tarde, Emílio de Sousa, comerciante vindo de Viana do Castelo, abria uma loja de fazendas na Praça de Camões.
Corria Maio, os jornais anunciavam que a Barbearia Amorim estava "a passar por um importante melhoramento": um mestre local, Joaquim Manuel Lima, executava um "trabalho de talha em estilo arte-nova", qualificado pelo autor daquelas linhas como "verdadeiro mimo" (Cf. Comércio do Lima, 31 de Maio de 1913).
O verão desse ano será marcado pela inauguração da Padaria Amorim, de Manuel Caldas Amorim, filho de Manoel Rodrigues Amorim. A padaria "além da venda de pão" apresenta "um grande sortido de bolacha e doce, bem como uma collecção de vinhos finos e espumosos, cervejas, gazosas, etc." (Cf. Cardeal Saraiva, 14 de Agosto de 1913).
Preparando a chegada do inverno, os jornais de Agosto divulgavam que Sousa Mariano, dos Armazéns de Lisboa, seguia para Lisboa "afim de fazer directamente os sortidos para a proxima estação (...) nas mais importantes fabricas nacionais e estrangeiras" (Cf. Comércio do Lima, 2 de Agosto de 1913).
Alguns limianos defendem que a periodicidade dos mercados devia passar da quinzena para a semana. Em Outubro, a Associação Comercial, de comum acordo com os industriais locais, solicita à Comissão Municipal Administrativa a conversão das feiras quinzenais em mercados semanais (Cf. Cardeal Saraiva, 30 de Outubro de 1913).
Os ritmos da feira continuam marcados por hábitos do mercadejar tradicional. Na segunda rampa ao norte do Passeio Cândido dos Reis, vários comerciantes açambarcadores "atravessam" os ovos, as aves e certos géneros, "chegando a praticar violencias no conseguimento do seu abusivo mercadejar!" (Cf. Cardeal Saraiva, 25 de Setembro de 1913).
[reclamo dos Armazens de Lisboa, de 1919]
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