domingo, dezembro 28, 2008
... assim atamos e desatamos os dias
quinta-feira, dezembro 25, 2008
Natal
O Cristo é sempre novo, e na fraqueza deste menino
há um silencioso motor, uma confidência e um sino.
Nasce a cada Dezembro e nasce de mil jeitos.
Temos de pesquisá-lo até na gruta de nossos defeitos.
[...]
Excerto do poema "Vi nascer um Deus" de Carlos Drummond de Andrade .
terça-feira, dezembro 23, 2008
Natal
terça-feira, dezembro 16, 2008
Ponte de Lima na History of the Peninsular War, de Robert Southey

segunda-feira, dezembro 15, 2008
Ponte de Lima na History of the War in the Peninsula and in the South of France, de William Francis Patrick Napier


segunda-feira, dezembro 08, 2008
A pensar em 2009
Perfilhamos que o segundo centenário da defesa de Ponte de Lima, que ocorrerá no ano que se avizinha, deva ser objecto de uma acção comemorativa. O acto comemorativo pode ter os mais diversos objectivos, configurações e concretizações. O autor citado alvitra levantar um padrão ou colocar uma lápide. Sendo uma proposta válida, prefiro pensar noutras formas de comemorar. Por exemplo, envolver, num conjunto de eventos formativos e culturais, as crianças e jovens de Ponte de Lima, estimulando o gosto pela história local, a reflexão sobre a Humanidade, a Guerra e as relações culturais (temas de extrema actualidade). Não se pretendendo apenas o culto dos heróis ou uma “festa à resistência”, mas uma reflexão sobre o mundo actual partindo da experiência passada. Sem maniqueísmos, mas procurando compreender as diferentes faces deste facto no contexto da realidade política, cultural e militar da época. Outra hipótese, que não anula a anterior: reunir, numa jornada, alguns estudiosos que se têm debruçado sobre as Invasões Francesas e promover a divulgação do conhecimento histórico produzido sobre este período. Outra ainda: recriar a resistência, aproveitando para, através do evento, recuperar a “memória histórica” e reescreve-la na “memória colectiva”.
Aqui ficam algumas sugestões que à semelhança do autor que nos inspirou, e fazendo uso da sua expressão, “vendemos ao desbarato”. Para terminar, um documento:

segunda-feira, novembro 17, 2008
Café, fumo e areal

Em 1913, o jornal Cardeal Saraiva publicava uma notícia insurgindo-se contra a torrefação de café em lugares públicos, na vila de Ponte de Lima. Era, segundo o articulista, abuso de alguns comerciantes que realizavam esse trabalho "á porta do seu estabelecimento, resultando isso grande incomodo aos moradores dos predios visinhos, porque num dado momento são esses predios invadidos por grossas nuvens de fumo". A solução para o problema é curiosa: faça-se essa tarefa no areal!(Cardeal Saraiva, 21.12.1913)
quarta-feira, outubro 22, 2008
segunda-feira, outubro 13, 2008


Estão abertas, até ao dia 30 de Outubro as incrições, para a edição de 2009 do Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima, cujo tema é "Artes no Jardim". Se quiser saber mais sobre o concurso deste evento que anualmente cria doze jardins efémeros, aceda ao sítio http://www.festivaldejardins.cm-pontedelima.pt/.
domingo, setembro 28, 2008
"Samiguel" de Cabaços

domingo, setembro 21, 2008
Sem comentários...

quarta-feira, setembro 17, 2008
Feiras Novas 1908-2008
"O entusiasmo na vila com os preparativos para as atraentes festas á Virgem das Dores, manifesta-se desde ha dias, o que traz para os seus promotores tambem grande regosijo por verem que tudo corre ás mil maravilhas. Oxalá o tempo não apareça por ahi a fazer alguma pirraça..." [Echo do Lima, 17 de Setembro de 1908]
quarta-feira, setembro 10, 2008
Os Limianos na Grande Guerra: uma leitura.
Vem esta citação a propósito da leitura que fizemos do recente trabalho publicado por Luís Dantas, Os Limianos na Grande Guerra. Trata-se de uma edição de autor, que, primando por uma narrativa quase literária, nos remete para a história do primeiro conflito mundial, a guerra que todas as grandes nações europeias consideravam, à partida, que seria curta. A realidade, cruelmente, impôs uma duração longa; houve que refazer planos e o conflito ganhou contornos inauditos. A guerra de movimentos rapidamente deu lugar às trincheiras. Produziram-se mobilizações (de homens, recursos e economias) sem precedentes, apareceram novas armas e técnicas, entre as quais, a chamada “guerra psicológica” (entre outras iniciativas, a aviação americana lançou panfletos onde se questionava: “Ainda tens esperança numa vitória final? Estás disposto a sacrificar a tua vida por uma causa sem esperança?”).
Luís Dantas traça um quadro deste momento da História, entrecruzando, as diferentes dimensões – o contexto internacional, a realidade portuguesa (que à época implica o espaço colonial) e o pulsar da guerra vivida pelos combatentes, particularmente os limianos. Como notou Marc Ferro, “a guerra vivida pelos combatentes tem a sua história que não é a grande História”. Luís Dantas consegue dar nota dessa “pequena história”, marcada pela esperança de um regresso breve, pelo quotidiano dramático nas trincheiras e a crescente consciência solidária entre combatentes. De igual modo, retrata o soldado comum. Não se limita a evidenciar o papel

Ao ler as páginas de Os Limianos na Grande Guerra, perpassa a imagem de um país imerso em grandes dificuldades. Norton de Matos teve-as na preparação das tropas e na obtenção de armamento; os soldados na frente de batalha sentiam a falta de reservas e a inadaptação a um novo estilo de guerra (veja-se a reacção à comida inglesa, ao corned beef e à marmelada de casca de laranja azeda); a fome alastra no país. A República treme. O “Milagre de Tancos” deu lugar ao “Fado do Cavanço” e este culminou com uma Europa exaurida e com a insubordinação das tropas na linha da frente. A Batalha de La Lys representou o fim da guerra para os Portugueses.
A narrativa de Luís Dantas segue uma linha cronológica clássica, remetendo, ainda que implicitamente, para a teoria historiográfica tradicional que justifica a nossa intervenção na Primeira Guerra Mundial pela necessidade de proteger o espaço colonial. Num segundo momento, dá nota das dificuldades da Primeira República e, dessa forma, aproxima-se da linha de investigação que vê na legitimação do poder republicano a razão para entrar na guerra. Sem preocupações de exaustividade, lavra um texto de leitura agradável. Também aqui parece cumprir as palavras do historiador francês, na entrevista supracitada: “o historiador sempre escreveu por prazer e para dar prazer aos outros”. Sem cair no narrativismo, nem numa história recitativa, Luís Dantas, quer neste livro quer na sua restante e extensa produção, suscita-nos a reflexão (eternamente emergente e não resolvida) sobre a escrita histórica e a escrita literária. Paul Ricouer admite que não existe ficção pura, nem História tão rigorosa que se abstenha de todo o procedimento romanesco. Talvez Luís Dantas seja a prova disso.
Como historiador, Luís Dantas cumpre o aparato necessário à crítica e validação do conhecimento. Há referência em nota à bibliografia, menciona os arquivos consultados, refere todos aqueles que contribuíram para o resultado final. O livro destaca-se ainda por coligir um conjunto de imagens relevantes. Algumas, verdadeiros ícones (como as de Joshua Benoliel e Arnaldo Garcez), merecem do autor uma análise aguda (veja-se a leitura feita à fotografia de Garcez, na pág. 18 e 19), revelando a potencialidade da iconografia como documento histórico (algumas fotografias mereciam um tamanho maior!). O leitor percebe que o material reunido foi criticamente analisado e que houve uma utilização cuidada das fontes literárias (a tentação habitual é cair no impressionismo).
Cabe a Luis Dantas o mérito de abrir uma porta; outros investigadores colocarão sobre o mesmo objecto outras questões, “na plena consciência de que jamais chegaremos a uma verdade objectiva” (Georges Duby).
segunda-feira, setembro 08, 2008
segunda-feira, setembro 01, 2008
segunda-feira, agosto 25, 2008
sábado, agosto 02, 2008

Por estes dias, entramos em contacto com a equipa responsável pelo jardim "Le Feu et 300 Arbres" (O Fogo e 300 Árvores), concebido por Sylvian Morin e Aurélien Zoia, arquitectos paisagistas, para o 4º Festival Internacional de Jardins. Fazer do fogo o tema central de um jardim tinha-nos suscitado alguma perplexidade.
Sylvian Morin justificou a escolha: uma viagem a Portugal deixou uma imagem indelével - a de florestas a arder, fumo nas montanhas e o característico odor a madeira queimada.

sábado, julho 26, 2008
Horseball em Ponte de Lima


domingo, julho 20, 2008
segunda-feira, julho 14, 2008
segunda-feira, junho 30, 2008
Ponte de Lima na Tree Parade 2008

sexta-feira, junho 27, 2008
segunda-feira, junho 16, 2008
Rua General Norton de Matos, Arcos de Valdevez

segunda-feira, junho 09, 2008
Notas sobre a verdade em História (IV)

domingo, junho 01, 2008
Notas sobre a verdade em História (III)

[continua]
terça-feira, maio 27, 2008
Notas sobre a verdade em História (II)

segunda-feira, maio 26, 2008
Notas sobre a verdade em História (I)

domingo, maio 18, 2008
Arquitectura em Ponte de Lima (XI)

sábado, maio 10, 2008
Vaca das Cordas
quinta-feira, maio 01, 2008
Cardeal Saraiva no primeiro Serão de História Local
quinta-feira, abril 24, 2008
Esta é a madrugada que eu esperava
quarta-feira, abril 23, 2008
Palavra de Cícero
domingo, abril 13, 2008
sei ler as pedras
o alfabeto que nelas esculpiu o vento
no vagar propício do tempo
as rugas sobrepostas da memória
sob o musgo
sei das pedras o nome e a grafia
lenta e quente
a sede que tiveram
antes que os rios
as beijassem
Cláudio Lima, Itinerarium II
[fotomontagem: jcml, a partir de imagem das pedras da ponte medieval]