

1. Está disponível on-line (em http://www.vitoriagol.org/index.php?oid=22) a edição antológica que reúne a reprodução do artigo de Fernando Pessoa, publicado no «Diário de Lisboa» de 4 de Fevereiro de 1935 (n.º 4388) e a exposição de Norton de Matos dirigida ao Presidente da Assembleia Nacional em 31 de Janeiro de 1935. Sobre a decisão de proibir os cidadãos portugueses de fazerem parte de associações secretas e as medidas adoptadas pela Maçonaria, em 1935, veja-se http://www.gremiolusitano.eu/?page_id=43.
2. Aceite a sugestão de Carlos Gomes, em comentário a post anterior; visite http://arepublicano.blogspot.com/, que tem vindo a publicar notas sobre a vida de Norton de Matos.
A edição de Julho de 1007 (nº 58) da revista "Jardins", dedica algumas páginas ao terceiro Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima. Trata-se de um artigo da autoria de Elsa Matos Severino, arquitecta paisagista. Uma referência sucinta e descritiva de todos os jardins em concurso é acompanhada por fotografias de Francisco Caldeira Cabral, paisagista. A capa da revista destaca o jardim "Sonho Meu, Sonho Meu", concebido por Miguel Peixoto/Filipe Mota, o mais votado na edição transacta do Festival.
Até ao próximo dia 8 de Julho, está patente uma exposição de pintura de António Lima Viana, um darquense autodidacta. Enquadrado no género que se vai convencionando designar por "naif", o trabalho pictórico de António Lima Viana constrói imagens com cores vibrantes, carregadas de associações, metáforas e evocações reveladoras de um espírito que voga entre a(s) memória(s) e o presente. A imagem recorrente do galo, elevada à condição de ícone, sintetiza esse espírito (cor, memória, metáfora). Plasmado em telas carregadas de pequenas imagens, em regime de pontilhado (particularmente, as expostas na entrada), este universo figurativo revela-nos um olhar muito pessoal sobre a realidade. O desafio está em entrar nesse mundo, decifrando cada imagem, num complexo jogo de associações cada vez menos "naif".
[reproduzimos a folha informativa com a nota curricular do autor, que se encontra ao dispor na sala de exposição. Não deixamos de notar uma disposição gráfica cada vez menos comum neste tipo de trabalhos, mas que se ajusta perfeitamente ao perfil do autor e do seu trabalho.]
Enquanto meros espectadores e fruidores da Feira do Cavalo, consideramos que o certame tem virtudes e potencialidade para se tornar num importante evento desportivo, comercial e cultural. Creio que seria de repensar a área da Alameda de S. João, investindo na exposição de artigos locais e regionais (por ex., aí teriam lugar aqueles que representassem as tradições do artesanato local não estando relacionados directamente com o mundo do cavalo). Nessa mesma zona, os "comes e bebes" deveriam ter uma área distinta da exposição de artigos. O espaço é agradável e funcional. Há uma interesante articulação entre o construído e a envolvente. O discurso arquitectónico aposta no prolongamento da paisagem. O recurso a materiais nobres, quer na bancada quer nas construções de apoio, aproximou o mercado à área envolvente, de forma delicada. Aqui ficam algumas imagens para "memória futura".