quinta-feira, abril 26, 2007

Limiana, nova publicação periódica

Tomando a designação de Limiana e afirmando-se como uma revista de informação, cultura e turismo, foi editado o primeiro número desta nova publicação centrada na vida de Ponte de Lima e na entidade que lhe deu corpo, a Casa do Concelho de Ponte de Lima, com sede em Lisboa. A revista, dirigida por José Pereira Fernandes, inclui, neste número, reportagens sobre as comemorações do vigésimo aniversário da Casa do Concelho de Ponte de Lima, dando particular ênfase ao lançamento do CD com o Hino a Ponte de Lima e o Hino da CCPL, artigos sobre a actividade da associação, a terra limiana (segundo o olhar de Mário Leitão) e acontecimentos lisboetas. João Carlos Gonçalves publica um artigo intitulado "Weblogs à moda de Ponte de Lima", onde constitui um repositório (completo) dos blogues centrados em problemáticas limianas (encontrará referência a este espaço). A revista terá periodicidade bimestral e anuncia um leque de colaboradores interessante.

quinta-feira, abril 19, 2007

Chapelarias em Ponte de Lima (II)



De acordo com o jornal O Independente, de 14 de Março de 1909, "o sr, Francisco Vasques Martins, proprietario da importante Chapelaria Progresso, sita á rua Boaventura José Vieira, acaba de installar no seu bem montado estabelecimento, que tem recebido, ultimamente, grandes melhoramentos, uma magnifica caldeira a vapor destinada ao prompto aquecimento dos ferros e rapida amoldação dos feltros".
[Fonte: O Independente, 14.03.1909 (ano 2º, nº 53); sobre a mesma chapelaria ver o nosso post de 10.11.2006]

sexta-feira, abril 13, 2007

Cheia no Rio Lima_1686 e 1875

O pároco de Vitorino das Donas registou, na página de abertura do livro de assento dos baptismos, a seguinte nota: "Aos 28 de Settembro de Seiscentos e oitenta e seis amanheceo o Rio Lima com a mayor chea q hos homês desta frgª acordavão" (ADVC, cota 3.16.1.46]. Quase duzentos anos depois, Pinho Leal registava: "ainda em novembro de 1875, encheu [o rio Lima]espantosamente, invadindo uma grande parte da povoação [de Ponte de Lima], chegando a entrar nas egrejas matriz e Misericordia, que ficam no centro da villa, e transformando em rios caudalosos algumas das suas ruas" (Portugal Antigo e Moderno: Diccionário Geográphico, Estatístico, Chorográphico, Heráldico, Archeológico, Histórico, Biográphico & Etymológico de Todas as Cidades, Villas e Freguesias de Portugal e Grande Número de Aldeias, pág. 181).

sábado, abril 07, 2007

Pela Páscoa, poesia limiana.



SÁBADO DE ALELUIA

Meio dia de Abril. O sol a pino
Abraça com volúpia a natureza...
Ouve-se rir, ao longe, a voz dum sino...
É mais alegre a gente portuguesa!

Ressuscitou o filho de Maria,
Abrem as rosas brancas nos rosais
E tudo canta e sente a aleluia
Que pulsa e freme em torno dos casais!

Há pelo azul aromas perturbantes,
Em cada boca rubra ardem desejos
E o meu amor - a de olhos hesitantes -
Pede carícias longas, pede beijos!

Ressurreição divina! Aleluia!
Soa mais alto o nome do Senhor!
- Ah! não ser eu o filho de Maria
E tua a mãe de Cristo, meu amor!...

Teófilo Carneiro

[in Poesia e Outros Dispersos, edição de J. Cândido Martins, Guimarães: Opera Omnia, 2006, pág. 95]

quinta-feira, abril 05, 2007

Em Ponte de Lima quem é triste...



Em Ponte de Lima quem é triste bem mais abatido fica perante a alacridade da paisagem, porque ela, em toda a sua alegria palpitante, na viveza incomparável da sua estrídula garridice, parece rir-se com escárnio da nossa taciturnidade.
(Teófilo Carneiro)
[Fonte: jornal O Comércio do Lima, nº 267, 18 de Novembro de 1911, citado em J. Cândido Martins (ed.) - Téofilo Carneiro. Poesias e outros dispersos. Guimarães: Opera Omnia, 2006, pág. 224; foto: jcml, jardins temáticos]

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